19.12.10

SLYTHERIN PRIDE

Em casa de Sonserino...

... os apetrechos de limpeza têm as cores da Grifinória.
MUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUHUA!!

5.12.10

TENHA MEDO


Fundamentalistas islâmicos. Terroristas separatistas europeus. Traficantes. Milícias dos morros cariocas. Psicopatas assassinos. A nata do perigo social.

Nada. Nhééééé.

O período de alto comércio e de chuvas nesta que-se-acha-metrópole alterosa revelou um dado extraordinário, capaz de reestruturar toda a iconografia do perigo: surgiu uma nova espécie de seres urbanos extremamente perigosa e cruel, que ataca sem motivo e é incapaz de qualquer tipo de remorso. Sua aparência inofensiva e, em certas ocasiões, inacreditavelmente frágil permite que estes seres crudelíssimos se imiscuam entre nós e perpetrem livre e impunemente suas atrocidades.

Estes seres insidiosos são (tremo ao dizê-lo): As Tias.

As Tias têm várias idades, várias aparências, algumas são até mesmo apaixonantes, mas seus padrões de comportamento belicoso permitem ao especialista e ao transeunte mais avisado a identificação de três subespécies marcantes, cada qual mais letal do que a outra:

Subespécie A: As Tias Com Sombrinha
As Tias Com Sombrinha proliferam, obviamente, em épocas de intempéries. Ao primeiro sinal de chuva, sacam aquele objeto insosso e inofensivo chamado sombrinha e o transformam em arma letal. A gana psicótica e assassina das Tias Com Sombrinha se satisfaz furando olhos, contundindo cabeças e arranhando pescoços de suas vítimas inocentes.

Subespécie B: As Tias Com Carrinhos
Exemplar urbano por natureza, é encontrado em toda parte onde houver comércio e, notadamente, onde a atividade comercial concentrar a maior gama possível de populares. Ressalte-se que a periculosidade das Tias Com Carrinhos é absolutamente proporcional ao número de pessoas concentradas nos locais públicos, e sua gana assassina é multiplicada nas épocas chaves de explosão comercial, tais como Dias das Mães, dos Pais, das Crianças. Dados mais recentes apontam que o pico de periculosidade dessas Tias é, indiscutivelmente, o Natal.

A Subespécie Tias Com Carrinhos possui duas especialidades:

Tias Com Carrinhos de Feira: esses espécimes são de identificação mais fácil e seus propósitos assassinos são bem claros, ainda que o modo de transporte de sua perigosa arma, que arrasta sem dó atrás de si, seja uma tentativa de dissimular seu cruel objetivo de esmagar os pés de suas vítimas. Predadoras natas, as Tias Com Carrinho de Feira atacam preferencialmente mulheres de qualquer idade que portem sandálias – inclusive outras Tias.

Tias Com Carrinhos de Bebê: espécimes dissimulados e altamente perigosos, utilizam-se de um dos objetos mais cândidos que existem para perpetrar seus ataques mais cruéis. É com um sadismo sem precedentes que essas Tias arremessam furiosamente os carrinhos de bebê nos joelhos, nas pernas e nos pés de suas vítimas, lançando-lhes em seguida um sorriso sarcástico e superior, escudadas pela impunidade de suas condições de mães, tias mesmo, ou avós. Ao deparar-se com uma Tia Com Carrinho de Bebê, não hesite: corra.

Subespécie C: As Tias Com Cotovelos
Trata-se do exemplar mais comum de todos,  e não existe pessoa que já não tenha sido vítima dessa Subespécie de Tia que nem se dá ao trabalho de se disfarçar para atacar. Dotadas de poderosos cotovelos que fariam inveja a qualquer agente do Mossad, as Tias Com Cotovelos descarregam sua ânsia violenta em costelas, costas e quadris das vítimas de qualquer idade, sexo ou cor, às vezes completando seu ataque com fortes e bem direcionados pisões nos pés das mesmas vítimas. Especialistas afirmam que é praticamente impossível escapar do ataque dessa furiosa Subespécie de Tias, uma vez que elas estão em toda parte e, às vezes, podem atacar em bandos. Há boatos de que os criadores do game Counter Strike têm pensado seriamente em incluir as Tias Com Cotovelos no rol de inimigos a serem detonados, porém duvidam, caso isso ocorra, de que alguém seja capaz de zerar o jogo.

28.11.10

O PREÇO DA LIBERDADE


Michael Collins...................Presente
García Lorca.......................Presente
Jean Moulin........................Presente
Mahatma Gandhi...............Presente
Patrice Lumumba..............Presente
John Kennedy.....................Presente
Eduardo Mondlane.............Presente
Humberto Delgado.............Presente
Luther King.........................Presente
Che Guevara.......................Presente
Salvador Allende.................Presente
Amílcar Cabral....................Presente
Aldo Moro............................Presente
Ali Bhutto.............................Presente
Indira Gandhi......................Presente
Olof Palme...........................Presente
Chico Mendes......................Presente

Nós, os ausentes, vos saudamos!

(Gilberto Mendonça Teles)

6.11.10

IGUAL, SÓ QUE DIFERENTE


Como vocês podem ver, alterei o template do blog, mas o fiz contra minha vontade. Sempre gostei tanto daquele anterior, que minha amigairmã Katchoo criou para mim de presente... Porém, ela o criou para a antiga versão Blogger do Memórias do Subsolo, e, quando o Blogger Brasil começou a boicotar os blogs de não assinantes, Katchoo adaptou os códigos do template para o Blogspot.

Esse arranjo funcionou, com alguns percalços de formatação (fontes diferentes, linhas emboladas uma nas outras, às vezes, apesar de todos os meus esforços de edição), até dias atrás, quando uma zica federal bagunçou de vez os posts do Memórias e os deixou todos desformatados... Com medo de perder as postagens, acabei me rendendo e colocando um novo template, do Blogspot mesmo.

Contudo, fiquei feliz ao perceber que seria possível manter que nem que fosse um pedacinho do template antigo: consegui sobrepor ao novo a imagem de abertura. Ficou meio estranha quando contraposta aos livros que aparecem no fundo, mas, convenhamos: subsolos não foram feitos para serem lugares convencionais, não é verdade?...

Outro fato que lamentei, e muito, foi a perda dos comentários dos posts. Como no template anterior o provedor de comentários era diferente do oferecido pelo Blogspot, ele foi eliminado na troca e, com ele, tudo o que vocês haviam escrito de legal para mim!... ARGH! Isso me deixou chateada de verdade. Até tentei importar os comentários, mas não teve jeito... Damn.

Bem, é isso... o Memórias do Subsolo está de cara nova, mas as idéias perturbadas que nele se publicam continuam exatamente as mesmas!

(A foto acima eu tirei de uma obra exposta na Bienal de São Paulo. Isso é péssimo de dizer, mas não sei quem é o autor... Quem souber me diz, para eu poder colocar o devido crédito? Obrigada!)

31.10.10

O PODER DE SANSÃO

Na contramão de muitas Dalilas que andam pelo mundo, sou admiradora antiga e confessa de homens que ousam, como Sansão, manter seus cabelos compridos.

Menção absolutamente honrosa para meu queridíssimo Johnny Depp, quarentão maravilhoso que insiste em cultivar suas maravilhosas longas madeixas escuras.

Deus guarde Johnny Depp. Amém.

Recentemente, me surpreendi um bocado com o que o Poder de Sansão é capaz. Conseguiu transformar o (bom) ator Jake Gyllenhaal...

de menino engraçadinho...

... em espetáculo da natureza!

E nem precisava dessa saradeza toda, não! Só o cabelo comprido já seria suficiente!

Outro exemplo? Tom Cruise. Para o meu gosto, ele é só mais um sujeito bonito do cinema. Ainda mais quando está assim:

Mas, quando ele se rende ao Poder de Sansão, até cogito uma segunda espiada no rapaz:

Fora isso, o Poder de Sansão ainda é capaz de tornar mais belo quem já é belo por natureza. Duvida? Então, comprove:

Mas, não é um espetáculo o tal do cabelo comprido masculino?...

Obrigada, Sansão!... XD

14.10.10

MUDERNIDADE DESCOLADA

Você está sozinha em um lugar escuro, ermo e desconhecido.

É noite, não há lua, e você está totalmente perdida.

Uma presença indistinta se faz sentir. Seu pulso acelera.

Você tenta escapar. Para onde?

A presença se intensifica. Se aproxima. Você quer olhar para trás, falta-lhe a coragem.

Você aperta o passo, na esperança de escapar. Inútil.

Seja o que for, está bem atrás de você.

E vai abordá-la... agora!

Hã?

...

Gatinha?

GATINHA?!?

Porra, Conde Drácula! Que palhaçada é essa?

Culpa do Sr. Paulo Yokota, que adaptou e ilustrou esta obscura pérola chamada Drácula em: Prisioneiro das Bruxas.

Definitivamente... ninguém merece.

Já imaginou se essa moda tivesse pegado?

1.8.10

QUESTÃO DE GOSTO... E DE ESTILO

Finalmente, depois de muita relutância, dei um pontapé no preconceito e paguei meu tributo anual aos Filmões Pipoca: resolvi assistir ao decantado Avatar, de James Cameron.

Quando esse filme foi exibido nos cinemas daqui (e o foi por um longo tempo), não consegui assisti-lo. Filas intermináveis, batalhão de molecada, ingressos esgotados... peguei preguiça. Esperei que saísse em DVD; saiu, eu me esqueci, ou não tive tempo, ou fui mesmo empurrando com a barriga até que, dias antes das férias, uma amiga da escola, ao saber que eu ainda não tinha visto Avatar, me emprestou seu DVD, afimando: Assista, você vai gostar. Esse filme é lindo.

Trouxe o bendito para casa e passei dias só olhando para ele, dividida entre a opinião de minha amiga e a lembrança do tom monocórdio e condescendente de José Wilker para falar de Avatar durante toda a cerimônia do Oscar. Até para Belo Horizonte esse DVD viajou, e de lá voltou intacto. Chegou o final das férias e já imaginava com qual desculpa eu devolveria Avatar não visto quando, num ímpeto, resolvi: municiei-me de uma mega caneca de café, de um mega pacote de Fandangos e, agarrando o DVD, pensei: vamos pôr essa merda pra rodar e ver no que dá.

E, claro, antes da primeira cena, esvaziei minha cabeça de toda e qualquer pré-informação boa ou má sobre Avatar – coisa que deveria ter feito há muito tempo –, mantendo apenas uma indicação: isso é um filme de James Cameron. Ponto.

E, qual não foi minha surpresa quando, terminado o filme... descubro que gostei?

Avatar é um deleite para os olhos. Pandora é um paraíso de cores e formas de tirar o fôlego, onde os tons frios se mesclam os quentes com perfeição, formando belíssimos contrastes.

Numa cena em especial, em perspectiva aérea, os protagonistas nadam num lago luminoso cujo fundo remete ao céu de um dos quadros de Van Gogh de que mais gosto, o Noite Estrelada.

Esse trabalho com as cores em Avatar me emocionou quase tanto quanto em O Clã das Adagas Voadoras.

(NÃO FIQUEM HISTÉRICOS, TROLLS! NÃO ESTOU COMPARANDO ZHANG YIMOU COM JAMES CAMERON! LEIAM ANTES DE GRITAR!)

Mas, enfim... Dá a maior vontade de ir para Pandora e se tornar um Na’vi, exatamente como fez o protagonista da história, e até por menos.

Ele, um solitário veterano de guerra paraplégico, puto por ser tomado como um inútil, amargurado pela morte do irmão, de repente se vê com a oportunidade de trocar de corpo com um avatar Na’vi de três metros de altura, atlético, ágil e vendendo saúde. Ele seria imbecil de recusar? Você seria?

Até eu daria o fígado por essa experiência! Trocar meu corpo que começa a ficar cansado por um novinho, totalmente saudável e ativo, revestido por uma maravilhosa pele azul e adornado por lindos olhos amarelos?

Passar a viver num lindo mundo selvagem livre de celulares, academias de ginástica, funk e gente mal-educada para atender em balcão?

Nem a Tenente Ripley foi capaz de resistir a tamanha tentação!

Em termos práticos, Avatar é uma mistureba bem levinha de conceitos que já foram explorados das mais variadas formas em muitos outros filmes: os mitos do bom selvagem, do Eldorado e do elo perdido, a preservação da natureza, a opressão de minorias, o despertar da força interior, o sentimento de nação, blá blá blá blá...

De fato, não é o melhor filme do mundo, não é o roteiro (oi?) mais primoroso, não é educativo, não é verdadeiro... é James Cameron, porra! É puro divertimento, escapismo, cinema sem maiores pretensões além de divertir o público!

Alguém até pode argumentar: ah, mas Titanic também é do James Cameron!, ao que respondo, sim, é; mas o único ponto onde Titanic parece mais sério do que Avatar é no fato de o naufrágio ser um fato real; fora isso, os demais ingredientes cameronísticos estão lá: um roteiro clichezão que amarra o drama dum herói involuntário, uma mocinha encantadora porém destemida, um vilão lafranhudo, um romance, um plano que deu errado, uma briga, uma reconciliação, uma situação dramática que acaba bem para o herói e/ou a mocinha e onde o vilão, claro, se fode. Tudo isso embalado por muita correria, trilha sonora grandiosa e efeitos especiais de tirar o fôlego. Sim, cinemão pipoca por excelência, e acho que ninguém devia ter esperado de Avatar mais do que isso.

Quem foi ao cinema achando que ia encontrar em Avatar engajamento social, formação de opinião, profundidade & afins, que me desculpe, mas pediu voluntariamente para ser enganado e, em minha opinião, não tem o direito nem de reclamar nem de detonar o filme. Se é isso que você procura em um filme, então seu caminho é Ang Lee, Gus van Sant, Truffaut, Costa Gavras, Lars von Trier, Neil Jordan, Buñiel, Jean Cocteau... dentre outros.

Considero meu gosto para filmes bem eclético; assisto desde O Gabinete do Dr. Caligari até O Mestre da Guilhotina Voadora. Tudo o que exijo de um filme é que ele seja bom dentro daquilo a que se propõe, e acho que todos têm que ter em mente, ao preparar-se para ver qualquer filme, a que público ele se destina e por quem ele foi produzido ou dirigido.

Não adianta sentar para ver O Último Imperador e reclamar que o filme é devagar pacarái; claro que tem que ser, é do Bertolucci, que adora longas e contemplativas cenas panorâmicas; assim como não adianta interromper Duro de Matar no meio e gritar que aquilo é a merda mais mentirosa que você já perdeu tempo em ver: claro que tem que ser, meu filho! Onde já se viu filme de ação ter lógica? Ou você acha que funcionaria um roteiro lógico & verdadeiro num filme onde a premissa básica é o herói manter-se vivo até o final, pegar a gostosa, matar o vilão e salvar o mundo, isso tudo ao mesmo tempo agora?

O problema é que a crítica cinematográfica tem andado cheia de pseudo-intelectuais e também de intelectuais intransigentes e intolerantes, que cobrem de elogios as produções que casam com seus gostos pessoais e detonam sem piedade aqueles filmes que não são de seu agrado. Isso, a meu ver, é pura falta de profissionalismo. É babaquice de gente que se acha o máximo e se diverte fazendo trollagem e ofendendo quem não compartilha de seu gosto.

Não acho que as pessoas tenham de gostar de tudo o que aparece, nem de elogiar tudo o que se faz em cinema. Mas, também acho que não dá para gostar só de Cronenberg ou só de Spielberg; não dá para dizer que só o cinema europeu ou iraniano é que é bom, e que todo filme norte-americano é uma merda acéfala. Existem coisas boas e coisas ruins, obras primas e porcarias completas no currículo cinematográfico de todo o planeta. E, claro, um mesmo diretor, independentemente de sua nacionalidade, pode criar um filme brilhante e, mais tarde, fazer uma lambança federal.

Ôpa! Por acaso ouvi alguém dizendo George Lucas?...

Resumindo, nada é absoluto na Sétima Arte; mas, se há quem realmente acredite no contrário, tudo o que tenho a dizer-lhe, então, é um sonoro só lamento, amigo.

Ou, então, peço que procure Morpheus e tome uma pílula vermelha... Go free your mind, man!

2.7.10

CITANDO CAETANO...

Soy Loca por ti, America...


Soy Loca por ti de amores....


Soy Loca por ti, America...


Soy Loca por ti de amores! XD

26.2.10

O QUE ANDEI... OUVINDO!

Assim como a Literatura, a Música ocupa uma parte muito significativa de minha vida.

Atualmente, tenho sido um tanto quanto refratária aos sons novos que têm aparecido. Essa onda rapper me incomoda um pouco, o techno puro me ataca a paciência, Alguém & Alguém randômicos e afins me entediam, axé cansa a minha já tão pouca beleza e funk é uma merda dos infernos que surgiu não sei de onde para incomodar PROFUNDAMENTE os ouvidos das pessoas de bem.

Aproveitando, lanço meu Manifesto contrário a esse costume infeliz de socialização musical via celular, smartphone, mp3 e demais aparelhagens afins que têm grassado em ônibus ultimamente. Era tão bom quando cada qual ouvia sua própria música em paz, com seu fone de ouvido!... Agora não: o sujeito não está nem aí se você ou os demais usuários do coletivo compartilham ou não de seu (mau) gosto musical. Ele simplesmente liga a porcaria sonora que trouxe consigo na maior altura e impõe aos demais o seu Bonde de Não Sei Quê, o seu Calypso, o seu Alguém & Alguém, e ai de você se reclamar! Aí é que a criatura aumenta ainda mais o som, e para você sobra apenas uma inveja visceral e corrosiva de Mr. Spock e seu toque neural vulcano.

Meu sonho seria um dia, num ônibus, quando um sem-mãe daqueles ligasse aqueles funks insuportáveis, eu poder sacar, com a maior cara de “e daí?”, um aparelho similar ao do sujeito e contra-atacar ou com Pavarotti, ou AC/DC, ou A Cavalgada das Valquírias de Wagner ou alguma peça da Ópera de Pequim... Ah, seria A glória!!!!!!

Feito o manifesto, volto a dizer que não tenho me ligado em sons muito modernos, preferindo me refestelar em uma Zona de Conforto Musical em companhia de meus velhos conhecidos U2, Zeca Baleiro, Sting, Titãs, Pearl Jam, Garou, Beatles, Clara Nunes, Supertramp, Beethoven, Marisa Monte, The Cure, Udiyana Bandha, Guns’n Roses, Coldplay, Frank Sinatra, Nelson Gonçalves, Ramones e por aí vai.

Entretanto... eu necessito abrir uma exceção:

Estou pura e simplesmente encantada com esta mulher talentosa e maluca. Suas músicas totalmente dance fazem dançar até os mortos; seus refrões grudam na mente como chiclete, e você se pega a repeti-los em qualquer hora e em qualquer lugar; seus clips, elaborados e alucinados, fazem você sorrir mesmo que não o queira. Em suma: Lady Gaga é irresistível.

Curioso é que, se procurar no onisciente e onipresente YouTube, você encontra inúmeros vídeos de Lady Gaga antes dela tornar-se Dyvah; e pode reparar, ao assisti-los, que talento a jovem sempre teve: suas músicas são boas, sua voz é sempre afinada. E é então que você se pergunta: se já existia o talento, por que a jovem só conheceu o sucesso e o reconhecimento quando se utilizou de toda aquela porralouquice visual?

Grandes enigmas da humanidade.

Do dance para a MPB, fiquei muito feliz quando achei nas Lojas Americanas este CD de Caetano Veloso, cujo vinil tive em mãos uma vez e pelo qual me apaixonei. Na época, consegui gravar algumas das canções numa fita cassete que depois embolotou toda (PQP, mas que velharia!!!!), e do vinil para comprar, nem sinal. Até que, numa das muitas voltas que esse mundão dá, eis que do nada me vem o CD às mãos.

Mundo, mundo, vasto mundo. ^^

Confesso: não sou muito ligada e nem conhecedora de MPB (como o são minha prima Luci e meu amigo Luiz Antônio, ambos apaixonados principalmente por Chico e Bethânia). Conheço apenas algumas músicas, gosto mais de ler Chico do que de ouvi-lo (a não ser suas músicas políticas – ou sociais, como Luci prefere chamá-las), e tenho predileção pelas canções com ritmos mais animados e letras com jogos de palavras – o que me aproxima mais de Caetano... Lua de São Jorge, Outras Palavras e Tropicália são uma delícia!

(Espero que a vizinhança concorde comigo...)

Trilhas sonoras de filmes são sempre boa companhia, e é muito difícil encontrar uma trilha que não seja agradável aos ouvidos e que não nos faça reviver praticamente todos os momentos do filme e que está ligada.

Carnaval passado, como não pude ir à Veneza, optei por ficar em casa trabalhando...

...

... (a parte do trabalho é verdade, depois falarei a esse respeito...) e, para tornar a tarefa menos inglória, apelei, inicialmente, para uma trilha sonora forte e visceral como o herói de seu filme!

Em seguida, com o trabalho já em bom andamento, mas sem perder o ritmo, mantive o substrato heróico, apenas alterando o estilo:

O único problema é que a trilha de Conan, o Bárbaro, me deu uma enorme saudade do filme, infinitamente superior à sua continuação, porém muito mais difícil de encontrar...

Com o trabalho seguindo para o final, mas já dando cruelmente no saco, precisei buscar forças e incentivo com outra espécie de heróis, aqueles que, não importando a dificuldade da tarefa ou a falta de esperança, ainda assim seguem adiante!

Todavia, foi uma escolha complicada, porque a belíssima trilha de Howard Shore, além de me relembrar toda a saga de O Senhor dos Anéis, emocionou-me profundamente (assim como em todas as vezes em que ouço esse CD); Enya me deixou sentimental e, em vez de prosseguir com o trabalho, fiquei sonhando com os elfos e com o belo povo de Rohan, que é exatamente o local onde eu desejaria viver na Terra Média, sob o comando do Rei Théoden e da Senhora Éowyn!...

Mas, como o trabalho precisava continuar, cortei o sentimentalismo e parti para algo mais... estimulante.

Wojciech Kilar, esse eslavo de nome impronunciável que compôs a trilha de Dracula, é genial: misturou doçura, perversão, desejo e repulsa em doses perfeitas. E, como as músicas no CD estão praticamente na ordem em que aparecem no filme, dá para reviver todas as emoções desta obra-prima de Francis Ford Coppola.

Por fim, o que você acharia de um CD que não é nem trilha sonora, nem compilação de canções de uma época, mas sim algo como uma... rádio-novela? Uma deliciosa história quase noir com começo, meio e fim – não necessariamente nesta ordem - ambientada nos anos 40/50?

Pois esse CD existe, e se chama, bem a propósito... Dreamland. E é uma de minhas paixões desde que o comprei, ainda no ano passado. Não me canso de ouvi-lo e, a cada nova audição, encontro um detalhe, um som, uma referência não percebidos ou possíveis de serem percebidos de outra forma. Fora o fato de que as vozes de Brent Spiner e Maude Maggart moldaram-se com perfeição, e a muito bem cuidada produção do CD tornaram-no verdadeiramente encantador.

E, como se não bastasse, Dreamland ainda me permite um Momento Pessoa Insuportável:

Esta é o meu CD, original e AUTOGRAFADO por Mr. Spiner. Podem babar à vontade, estimados mortais que visitam meu Subsolo!!!

A seguir, a parte três desta prestação de contas: a sessão O Que Andei... Assistindo!