Assim, resolvi fazer algo como uma prestação de contas de minha ausência, comentando o que andei aprontando nesse meio tempo em que estive parcialmente sumida – é, porque, como brincou minha prima Luci, tenho aparecido aqui vez ou outra para falar rapidinho de um ou outro belo representante do sexo masculino... Sim, dizem, homens em geral significam problema e chateação, mas, fazer o quê, se ainda assim gostamos deles?...
Bem, vamos lá. Iniciando os trabalhos, partamos para a sessão O Que Andei...
1 – Lendo!
Eu não vivo sem literatura. Acho que a tia esclerosada já disse isso por aqui, mas ainda assim repito, porque é uma verdade inquestionável: se não fosse a literatura, eu já teria ido embora deste mundo há muito tempo!...
Nesse meio tempo, é claro que alguns livros permearam meus momentos de sossego. E cada um, por óbvio, tem lá sua história pessoal de como veio parar em minhas mãos.
Este aqui, Nefertiti e os Mistérios Sagrados do Egito, foi uma vaga lembrança de infância que subitamente emergiu completa depois de um porrilhão de anos, e que o Google e o Mercado Livre me ajudaram a ter novamente em mãos. Nunca me esqueci desse livro, principalmente da capa, pois me lembro de ter ficado absolutamente fascinada com as cores da escultura e, claro, com a misteriosa beleza da Rainha Nefertiti. Porém, em razão dos anos, muito da história me escapou, mesmo porque a li na época errada e seus detalhes não foram compreendidos por meu incipiente cérebro infantil.
A autora de Nefertiti é brasileira – disso não me recordava – e é interessante fazer uma leitura cruzada com O Egípcio, de Mika Waltari. Ambas as histórias se passam praticamente na mesma época, porém apresentadas sob diferentes enfoques.
Esta trilogia – que chamam de A Saga da Herança – foi escrita por Christopher Paolini e tem seus ares de O Senhor dos Anéis e de As Crônicas de Nárnia. O curioso é que sempre tive vontade de ler esses livros de belíssimas capas, mas não sabia de ninguém que mos pudesse emprestar. Até que um dia uma amiga comenta comigo que conseguira emprestados uns livros com uma história de dragões e elfos que certamente me agradaria, e pronto! Eis que Eragon, Eldest e Brisingr me vêm parar, sem querer, às mãos, e atualmente estou no início do último livro.
CLARO que esta saga não chega a ser como a maravilhosa obra de Tolkien, mas, justiça seja feita, até então se mostrou uma história bastante interessante e curiosa. Vamos ver se seu final também o será.
Preciso fazer uma declaração. Eu ODEIO a Livraria Saraiva. Ela fica me enviando e-mails promocionais com descontos progressivos que são uma verdadeira tentação para leitores compulsivos e, numa dessas, fiz uma arte: comprei três José Saramago de uma vez, e praticamente pelo preço de um!! Levantado do Chão, Memorial do Convento e A Jangada de Pedra.
E eu AMO esse bendito português muito merecidamente laureado com o Nobel de Literatura!... Sua prosa é um prazer multifacetado para o leitor, que pode apreciar, ao mesmo tempo, a narrativa, a língua e o estilo, elementos trabalhados por Saramago com tanta maestria e com tanta sensibilidade que creio só compartilhadas por Guimarães Rosa e por Umberto Eco.
Gosto de dizer que José Saramago não é para ser lido, mas sim saboreado como o mais rico e delicado dos manjares.
Mas, nem só de Nobel vive uma leitora; há que dar espaço também para bons textos, mesmo que não tão laureados e com diferentes estilos. Foi assim que devorei em duas noites o curioso Fortaleza Digital de nosso amigo Dan Brown e, em meia hora de puro enlevo, o delicadíssimo Lin e o Outro Lado do Bambuzal, de Lúcia Hiratsuka.
E, para encerrar a sessão O Que Andei Lendo, informo que fiz uma notável descoberta! Tcharam!!! I can read! I CAN READ!
Sim, durante anos me esquivei de livros em inglês por achar que meu inglês de padaria era insuficiente para encarar qualquer texto maior do que duas páginas nesta língua! Até que fui presenteada por minha querida amiga Luciana, co-escritora de nosso Expresso Hogwarts, com um livro de Julia Quinn, The Viscount Who Loved Me... e a luz se fez: Ravenzinha é capaz de ler em inglês sem precisar consultar o dicionário a cada frase!
The Viscount é simplesmente uma delícia. Passado na Inglaterra à época da Regência, narra uma história água-com-açúcar, mas que também nos faz rolar de rir, com diálogos afiados e situações inusitadas. Fora o fato de que Anthony Bridgerton, o Visconde do título, é praticamente o (Jesus que tome conta e não deixe perder) Hugh Jackman em Kate & Leopold!...
(Ah, você não viu Kate & Leopold? Hm... Muuuuuito sinceramente, não é lá um primor da Sétima Arte; porém, nada substitui o prazer de ver Mr. Jackman envergando uma casaca e agindo como o mais educado e elegante dos cavalheiros! Vá por mim!!)
Mas então, aproveitando a onda I can read, emprestei de um amigo trekker doente como eu Planet X, uma aventura da Next Generation de Star Trek que é um crossover com os X-Men. Resumindo, é a nata da nata da Frota Estelar trabalhando em conjunto com a nata da nata dos Mutantes para investigar um planeta onde começam misteriosamente a pipocar mutações poderosas de todos os gêneros entre sua população na faixa dos 21 anos de idade. Não é um espetáculo de história, Data (o amor positrônico de minha vida) aparece muito pouco, mas vale a leitura.
Na verdade, além desses livros li ainda outros, mas, se fosse listá-los todos, esse post ficaria gigantesco; por isso optei por escolher apenas alguns.
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