21.10.09

DIVAS


Como não podia deixar de ser, um post com os Lindos de Outrora certamente traria consigo a obrigatoriedade de um outro post enumerando as Divas que, por muitos anos, embelezaram as telas dos cinemas e nos surpreenderam com atuações cheias de graça, doçura, sensibilidade, mistério e sedução.

Quando contemplo as fotografias destas mulheres, que nem sempre encantam apenas pela beleza, inevitavelmente me pergunto: onde se perdeu essa aura, esse glamour que envolvia tais mulheres qual um manto real? Que as tornava, de fato, Divas?

Seus cabelos desconheciam chapinhas e escovas progressivas, seus corpos voluptuosos desconheciam a Sibutramina e a lipoaspiração, seus rostos desconheciam a massificação do Botox e, no entanto... quantas belezas fabricadas de hoje em dia conseguem manter-se à altura dessas incríveis mulheres?

Sim, eu sei que os tempos avançam, os comportamentos mudam... porém, meu signo solar atira flechas a esmo e meu elemento ascendente é água – nada mais natural que eu cultive uma estranha saudade de um passado não vivido.

Como no post dos Lindos, as Divas serão listadas de acordo com seu ano de nascimento. E, antes de começar, um esclarecimento: vocês certamente darão falta de uma determinada mulher. Contudo, depois que usou aquele vestido branco esvoaçante e sussurrou Happy birthday, Mr. President..., ela se tornou mais do que Diva: imortalizou-se Ícone.

Senhoras e senhores... estendamos o tapete vermelho!

Marlene Dietrich

Equiparo esta genial atriz alemã a Greta Garbo, não só por sua forma de interpretar como também por seu mise-en-scène. Altiva e marcante, Dietrich está especialmente imperdível em O Anjo Azul, O Expresso de Xangai (ADORO esse filme!) e Testemunha de Acusação (baseado numa peça teatral de Tia Agatha Mary Clarissa Miller).

Greta Garbo

Conhecida como A Mulher Que Não Sorri, esta extraordinária e misteriosa atriz sueca parece ter nascido para interpretar grandes mulheres. Basta vê-la em Mata Hari, A Dama das Camélias e Anna Karênina para se ter absoluta certeza.

Todavia, nada nem ninguém supera sua soberba Rainha Cristina.

Bette Davis

Nos anos 80, Kim Carnes fez enorme sucesso com uma música sobre uma mulher fatal, cujo refrão repetia: she got Bette Davis eyes...

E, de fato, nada mais marcante do que o olhar desta atriz que, como a sobrancelha de Vivien Leigh, era capaz de traduzir páginas e páginas de roteiro em um único gesto.

Sem falar de seu talento e de sua extraordinária presença em cena!

Vivien Leigh

Ah, essa altiva sobrancelha erguida com tamanho orgulho! Gesto marcante com o qual esta excelente atriz resumia páginas e páginas de roteiro...

Dizem que, ao contrário da voluntariosa e egoísta Scarlett O’Hara que interpretou com maestria, na vida real Vivien era uma pessoa frágil, sofria de tuberculose e transtorno bipolar, que se agravou quando precisou se divorciar de seu amado Laurence Olivier...

Coisa maluca é esse tal desse amor, que vira de ponta cabeça a vida dos humanos!

Ingrid Bergman

Elegante e refinada, esta linda e talentosa compatriota de Greta Garbo teve uma diversificada carreira cinematográfica (claro que vou citar Casablanca e Interlúdio!), contracenou com grandes nomes de Hollywood (claro que vou citar Bogie e Tio Hitch!) e fascinou muita gente com seu olhar ao mesmo tempo distante e sedutor.

Olivia de Havilland

Como me lembro dela apenas em E o Vento Levou... e em As Aventuras de Robin Hood (onde contracena com o eterno herói acrobata Errol Flynn), não tenho muito como opinar sobre sua carreira e seu talento.

Porém, uma coisa é certa: não importa onde a vemos, a impressão é sempre a mesma: de graça e doçura.

Rita Hayworth

Esta belíssima descendente de espanhóis, a meu ver, foi a primeira autêntica ruiva espetáculo de Hollywood. E não falo isso só por conta de Gilda, não; mesmo nos demais filmes, principalmente naqueles onde ela, além de atuar, também dança, é impossível não lhe admirar a graça e a feminilidade marcante.

Cyd Charisse

Brilhante dançarina, alta, esguia, ao mesmo tempo graciosa e sensual, Cyd Charisse era possuidora do mais longo e belo par de pernas dos musicais de Hollywood.

Que o diga Gene Kelly, em Cantando na Chuva!

Deborah Kerr

De origem inglesa, foi uma atriz também marcada pelo maldoso estigma de interpretar a si mesma, pois grande parte de seus papéis compreendia damas inglesas.

Porém, se deixarmos de lado as incansáveis más línguas, apreciaremos a atuação desta bela e delicada atriz em clássicos como O Rei e Eu (meu Deus, que Yul Brynner lindo!), Tarde Demais Para Esquecer (meu Deus, que filme lindo!) e Os Inocentes (meu Deus, que filme sinistro!)

Ava Gardner

Eu só tenho uma coisa a dizer sobre esta avassaladoramente bela e fascinante mulher: Frank Sinatra era louco por ela, e tentou suicídio quando ela o abandonou.

Preste atenção, vou repetir: FRANK SINATRA quase se matou por causa dessa mulher.

É... pois é.

Audrey Hepburn

Faltam palavras para descrever toda a doçura e a elegância que emanam desta delicada figura feminina, modelo perfeito para as criações de Givenchy.

Tenho certeza absoluta de que toda mulher que se preze já quis ser Audrey Hepburn por pelo menos alguns minutos. E já desejou ter em seu guarda-roupa um vestido negro idêntico ao por ela usado em Bonequinha de Luxo.

Como se não bastasse encantar o mundo com sua graça e seu talento, ao encerrar a carreira cinematográfica Audrey se dedicou exclusivamente às causas humanitárias, tendo sido inclusive nomeada Embaixadora da UNICEF.

Grace Kelly

Bela, delicada, etérea, essa graciosa atriz contracenou com grandes nomes (incluindo meu suspirante William Holden!) em inúmeros clássicos de Hollywood, numa expressiva lista de títulos que compreende desde dramas de guerra (As Pontes de Toko-Ri), suspenses de Tio Hitch (Disque M Para Matar, Janela Indiscreta e Ladrão de Casaca) até faroestes, como o excelente e dramático Matar ou Morrer.

Além do talento, Grace também ficou marcada no imaginário popular por ter-se tornado princesa de Mônaco e, mais tarde, por ter sido vítima de um grave acidente de automóvel, em 1982.

Elizabeth Taylor

Se há uma mulher que nunca passou despercebida, essa mulher é Elizabeth Taylor. Dona dos famosos, expressivos e belíssimos olhos violeta, Liz roubava a cena em qualquer papel que interpretasse: senhora do Egito, megera indomável, esposa de fazendeiro, burguesa insatisfeita...

E, obviamente, uma mulher com tamanha intensidade teria mesmo que reproduzir em sua vida pessoal as mesmas tribulações e dramas vivenciados nas telas!

Sophia Loren

Caçula da lista, se essa fantástica atriz italiana não fosse uma mulher, certamente seria uma gata. Uma grande e ronronante felina de olhos verdes e longas garras afiadas.

Sua carreira cinematográfica é extensa, compreendendo produções européias e norte-americanas. Porém, as mais belas lembranças que tenho de sua atuação repousam em El Cid e em Os Girassóis da Rússia.

Nenhum comentário: