1.12.09

VIVER A VIDA.... EM NERD STYLE!

(ou Pequenos detalhes que fazem uma nerd feliz)

Sim, eu sou uma nerd.

Nerd é um espécime considerado bobo, mas muito feliz em sê-lo. Talvez seja até um pouco arrogante, por pertencer a uma fatia diferenciada da humanidade, possuidora de conhecimentos e informações que o resto do mundo ignora ou não compreende muito bem...

Sim!... Vivemos a vida fazendo aquilo que fazemos todos os dias, Pinky: tentar dominar o mundo!

HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!!

Nerds em geral recheiam suas vidas com seriados, animações, quadrinhos, mangás, animes, jogos, aparatos científicos & cibernéticos (estes, os nerds matemáticos, têm todo o meu respeito tecnológico!), RPGs, livros de fantasia & aventura, enfim, tudo aquilo que reflita a realidade porém sob uma ótica diferenciada.

(Ficou bonito isso, einh? Mas, faça suas próprias teorias acerca de, não facilitarei explicações. Mexa sua massa cinzenta, padawan! A Força está com você!)

No que me toca, quadrinhos, animações, filmes e seriados de ficção científica, livros e filmes de fantasia conferem pinceladas van Goghianas a meu mundo pessoal, em ferrenha contraposição à vida acinzentada e ácida que o dia-a-dia tenta me entornar, sem sucesso, por minha goela abaixo!

QAPLA’!!!!!!

Uma prática que nos agrada sobremaneira, ainda que às vezes confunda aqueles com quem convivemos, é pontilhar praticamente todos os aspectos de nossas vidas com referências às nossas nerdices. E nada agrada mais a um nerd do que ver suas referências reconhecidas e compartilhadas!

(Hum... Talvez, em alguns casos MUITO ESPECIAIS, ver as referências se transformarem em piada interna... Hehehehe!)

C’mon, baby... Why so serious?

Nosso referencial é vasto, ilimitado, incontrolável, e cabe em qualquer lugar, em qualquer tempo e em qualquer coisa. Senão, vejamos:

Mesa para computador com um PC e alguns CDs, DVDs e enfeites, todo mundo tem. Mas eu, nerd que me prezo, tenho é uma ponte de comando, com um console e acessórios temáticos de toda ordem!

O suposto chiaroescuro é proposital: trata-se de um minimizador do desagradável, inevitável e avassalador Efeito Bagunça).

E, claro, a aparência do computador de bordo precisa estar de acordo...

Mas, também pode variar para o mundo mágico e de RPG...

(Esse lindo desenho foi feito para mim – ai, metideza – como um presente da talentosíssima Dani, leitora e agora ilustradora oficial do Expresso Hogwarts, fanfic meio rpgística que ajudo a escrever, tomando como base o mundo potteriano. A jovem que aparece no desenho é minha personagem, Raven Sinclair, aluna da Sonserina. E pensar que Dani me disse que a desenhou sem muito cuidado, numa aula chata de Física... Imagine, então, se ela tivesse desenhado a sério???).

Bem, toda nerd um dia sonhou com ou suspirou pelo bonitão inalcançável da escola... Por essa razão, às vezes meu computador também aparece assim...

No remanso de seu lar, o homo sapiens calça um confortável chinelo ou, tanto melhor, fica descalço. Já o homo nerdicus prefere brincar de Eragon e descansar seus pés em macias e inusitadas... pantufas de dragão!

Para tornar sua batcaverna, seu pântano, seu planeta, seu alojamento, sua nave, seu asteróide, seu esconderijo secreto, seja lá qual habitat o mais aconchegante possível, nerds buscam cercar-se de suas preciosas referências, transformando objetos simples e aparentemente insignificantes em pertences repletos de significados.

As revistas de decoração recomendam enfeitar as paredes com reproduções de obras reconhecidas, ou então com as obras autênticas (isso se seu sobrenome for Wayne ou Stark, valha-me o comentário). Porém, a vanguarda nerd tem outras tendências!

(Tenho muito orgulho deste quadro; ele me foi presenteado por Maria Tereza, mulher talentosa e inteligente de quem muito gosto, mas de quem, infelizmente, perdi um pouco o contato. À época, Das Tereza fazia um curso de desenho com pastel oleoso e procurava temas diferentes para retratar. Depois de paisagens, animais, madonnas e afins, ela me perguntou por algo que lhe fosse desafiador para desenhar; apresentei-lhe esta imagem, página final de uma graphic novel do Batman, que ela reproduziu com espantosa fidelidade. Desnecessário dizer o ciúme oteliano que tenho deste quadro!).

Plantas deixam a vida mais bonita, alegram o ambiente e desenvolvem a sensibilidade de quem delas cuida. Para nós, nerds, plantas oferecem muito mais do que isso: seus formatos ocultam referências inestimáveis. Quem tem olhos para ver, que veja! É o caso destas suculentas, plantas da família dos cactos, nomeadas por mim A Tripulação:

Kirk

Spock

McCoy

(Ao fundo, um tanto quanto leoninamente fora de contexto, o Grão-Senhor Maximus)

Ímãs para geladeira deixam a cozinha mais lúdica e colorida, não é verdade? Nós concordamos... desde que seja em nossos termos!

Utilidades também podem ser enfeites, melhores ainda se, a exemplo dos ímãs para geladeira, remontam às nossas nerdices! E ficam simplesmente perfeitas quando fruto do belo talento de uma prima querida – não é, Luci?

Filmes são para assistir, ninguém discute. Mas, para o nerd, também são referências icônicas necessárias!

(Presente de Manya Katchoo, nerd absolutamente cool de quem tenho um imenso orgulho!)

Nerds não são baladeiros; geralmente deixam suas casas com objetivos específicos (cinema, comida, jogos ou lives de RPG, convenções, festivais, visitas a livrarias...) e não dão a mínima para moda. Vemos a vida por outros prismas e, loucos por referências, preferimos roupas que as demonstrem, direta ou indiretamente.

Quando vamos a festivais, convenções ou lives, locais onde nos sentimos absolutamente em casa, alguns de nós simplesmente não se contentam em apenas disparar referências: mergulhamos nelas!

(Fantasias não, meu bem. São cosplays! ^^ Feitos com carinho e gentileza pela Silésia, amiga costureira de mão cheia que adorou a idéia e já pediu mais!).

E, por fim, se o tempo fica plúmbeo, triste, chuvoso, Destino pensa que pode me atrapalhar a viver minha vida do jeito mágico e divertido que me convém; ledo engano. Isso não abala em nada minha convicção, pois nesse momento eu abro minha sombrinha...

... e, destemida, sigo em frente para vencer mais uma quest... ou até mesmo, quem sabe, meu Kobayashi Maru.

21.10.09

DIVAS


Como não podia deixar de ser, um post com os Lindos de Outrora certamente traria consigo a obrigatoriedade de um outro post enumerando as Divas que, por muitos anos, embelezaram as telas dos cinemas e nos surpreenderam com atuações cheias de graça, doçura, sensibilidade, mistério e sedução.

Quando contemplo as fotografias destas mulheres, que nem sempre encantam apenas pela beleza, inevitavelmente me pergunto: onde se perdeu essa aura, esse glamour que envolvia tais mulheres qual um manto real? Que as tornava, de fato, Divas?

Seus cabelos desconheciam chapinhas e escovas progressivas, seus corpos voluptuosos desconheciam a Sibutramina e a lipoaspiração, seus rostos desconheciam a massificação do Botox e, no entanto... quantas belezas fabricadas de hoje em dia conseguem manter-se à altura dessas incríveis mulheres?

Sim, eu sei que os tempos avançam, os comportamentos mudam... porém, meu signo solar atira flechas a esmo e meu elemento ascendente é água – nada mais natural que eu cultive uma estranha saudade de um passado não vivido.

Como no post dos Lindos, as Divas serão listadas de acordo com seu ano de nascimento. E, antes de começar, um esclarecimento: vocês certamente darão falta de uma determinada mulher. Contudo, depois que usou aquele vestido branco esvoaçante e sussurrou Happy birthday, Mr. President..., ela se tornou mais do que Diva: imortalizou-se Ícone.

Senhoras e senhores... estendamos o tapete vermelho!

Marlene Dietrich

Equiparo esta genial atriz alemã a Greta Garbo, não só por sua forma de interpretar como também por seu mise-en-scène. Altiva e marcante, Dietrich está especialmente imperdível em O Anjo Azul, O Expresso de Xangai (ADORO esse filme!) e Testemunha de Acusação (baseado numa peça teatral de Tia Agatha Mary Clarissa Miller).

Greta Garbo

Conhecida como A Mulher Que Não Sorri, esta extraordinária e misteriosa atriz sueca parece ter nascido para interpretar grandes mulheres. Basta vê-la em Mata Hari, A Dama das Camélias e Anna Karênina para se ter absoluta certeza.

Todavia, nada nem ninguém supera sua soberba Rainha Cristina.

Bette Davis

Nos anos 80, Kim Carnes fez enorme sucesso com uma música sobre uma mulher fatal, cujo refrão repetia: she got Bette Davis eyes...

E, de fato, nada mais marcante do que o olhar desta atriz que, como a sobrancelha de Vivien Leigh, era capaz de traduzir páginas e páginas de roteiro em um único gesto.

Sem falar de seu talento e de sua extraordinária presença em cena!

Vivien Leigh

Ah, essa altiva sobrancelha erguida com tamanho orgulho! Gesto marcante com o qual esta excelente atriz resumia páginas e páginas de roteiro...

Dizem que, ao contrário da voluntariosa e egoísta Scarlett O’Hara que interpretou com maestria, na vida real Vivien era uma pessoa frágil, sofria de tuberculose e transtorno bipolar, que se agravou quando precisou se divorciar de seu amado Laurence Olivier...

Coisa maluca é esse tal desse amor, que vira de ponta cabeça a vida dos humanos!

Ingrid Bergman

Elegante e refinada, esta linda e talentosa compatriota de Greta Garbo teve uma diversificada carreira cinematográfica (claro que vou citar Casablanca e Interlúdio!), contracenou com grandes nomes de Hollywood (claro que vou citar Bogie e Tio Hitch!) e fascinou muita gente com seu olhar ao mesmo tempo distante e sedutor.

Olivia de Havilland

Como me lembro dela apenas em E o Vento Levou... e em As Aventuras de Robin Hood (onde contracena com o eterno herói acrobata Errol Flynn), não tenho muito como opinar sobre sua carreira e seu talento.

Porém, uma coisa é certa: não importa onde a vemos, a impressão é sempre a mesma: de graça e doçura.

Rita Hayworth

Esta belíssima descendente de espanhóis, a meu ver, foi a primeira autêntica ruiva espetáculo de Hollywood. E não falo isso só por conta de Gilda, não; mesmo nos demais filmes, principalmente naqueles onde ela, além de atuar, também dança, é impossível não lhe admirar a graça e a feminilidade marcante.

Cyd Charisse

Brilhante dançarina, alta, esguia, ao mesmo tempo graciosa e sensual, Cyd Charisse era possuidora do mais longo e belo par de pernas dos musicais de Hollywood.

Que o diga Gene Kelly, em Cantando na Chuva!

Deborah Kerr

De origem inglesa, foi uma atriz também marcada pelo maldoso estigma de interpretar a si mesma, pois grande parte de seus papéis compreendia damas inglesas.

Porém, se deixarmos de lado as incansáveis más línguas, apreciaremos a atuação desta bela e delicada atriz em clássicos como O Rei e Eu (meu Deus, que Yul Brynner lindo!), Tarde Demais Para Esquecer (meu Deus, que filme lindo!) e Os Inocentes (meu Deus, que filme sinistro!)

Ava Gardner

Eu só tenho uma coisa a dizer sobre esta avassaladoramente bela e fascinante mulher: Frank Sinatra era louco por ela, e tentou suicídio quando ela o abandonou.

Preste atenção, vou repetir: FRANK SINATRA quase se matou por causa dessa mulher.

É... pois é.

Audrey Hepburn

Faltam palavras para descrever toda a doçura e a elegância que emanam desta delicada figura feminina, modelo perfeito para as criações de Givenchy.

Tenho certeza absoluta de que toda mulher que se preze já quis ser Audrey Hepburn por pelo menos alguns minutos. E já desejou ter em seu guarda-roupa um vestido negro idêntico ao por ela usado em Bonequinha de Luxo.

Como se não bastasse encantar o mundo com sua graça e seu talento, ao encerrar a carreira cinematográfica Audrey se dedicou exclusivamente às causas humanitárias, tendo sido inclusive nomeada Embaixadora da UNICEF.

Grace Kelly

Bela, delicada, etérea, essa graciosa atriz contracenou com grandes nomes (incluindo meu suspirante William Holden!) em inúmeros clássicos de Hollywood, numa expressiva lista de títulos que compreende desde dramas de guerra (As Pontes de Toko-Ri), suspenses de Tio Hitch (Disque M Para Matar, Janela Indiscreta e Ladrão de Casaca) até faroestes, como o excelente e dramático Matar ou Morrer.

Além do talento, Grace também ficou marcada no imaginário popular por ter-se tornado princesa de Mônaco e, mais tarde, por ter sido vítima de um grave acidente de automóvel, em 1982.

Elizabeth Taylor

Se há uma mulher que nunca passou despercebida, essa mulher é Elizabeth Taylor. Dona dos famosos, expressivos e belíssimos olhos violeta, Liz roubava a cena em qualquer papel que interpretasse: senhora do Egito, megera indomável, esposa de fazendeiro, burguesa insatisfeita...

E, obviamente, uma mulher com tamanha intensidade teria mesmo que reproduzir em sua vida pessoal as mesmas tribulações e dramas vivenciados nas telas!

Sophia Loren

Caçula da lista, se essa fantástica atriz italiana não fosse uma mulher, certamente seria uma gata. Uma grande e ronronante felina de olhos verdes e longas garras afiadas.

Sua carreira cinematográfica é extensa, compreendendo produções européias e norte-americanas. Porém, as mais belas lembranças que tenho de sua atuação repousam em El Cid e em Os Girassóis da Rússia.

18.10.09

ATÉ MAIS, POVO! ESTOU DE MUDANÇA PARA A AUSTRÁLIA!!

Bem, eu tinha em mente escrever outros posts que não este; contudo, ao observar com bastante cuidado e atenção o pódio do GP Brasil de Fórmula 1, cheguei à conclusão de que precisava desabafar.

Girls do meu Brasil: vamos para Austrália!! Aquela terra abençoada é uma produtora de colírios em gigantesca escala!!!

Será o clima? A vegetação luxuriante? As emanações perfumadas dos eucaliptos? O sangue aborígine? Não faço idéia. Mas, seja lá o que for, influi na combinação cromossômica e gera indivíduos XY de altíssima qualidade.

Exemplos? Ei-los! E começo com o culpado deste post!

Mark Webber

Uma pergunta que me faço é como este sujeito grande consegue caber no minúsculo cockpit de um Fórmula 1. E como aquele pequeno volante não se perde no meio dessas enormes e belas mãos. E ainda como uma criatura dessas não foi produzida em série.

Deus abençoe a Austrália.

Mel Gibson


Ainda que não seja o meu australiano predileto – é bonito DEMAIS para meu gosto um tanto quanto sui generis - ele foi o primeiro belo proveniente daquelas abençoadas plagas. Assim, não podia deixar de ser mencionado aqui.

Deus guarde a Austrália.

Eric Bana


Recém chegado às telas universais, este belo espécime, que fica ainda melhor ostentando uma barba de três dias e cabelos menos curtos, ajuda a justificar a emissão de passaporte e da passagem aérea para o maior país da Oceania.

Deus salve a Austrália.

Heath Ledger


Não falarei muito sobre ele, porque até hoje sua morte me deprime pela extemporaneidade e pela brutalidade. Esse jovem e excelente ator merecia muitos anos ainda de triunfos e aperfeiçoamento de seu grande talento, fora o fato de que a força da raça australiana já começava a se manifestar no rapaz desde Brokeback Mountain...

Deus proteja a Austrália.

Hugh Jackman

...

...

...

Ah, deixa pra lá.

E desta vez não mencionarei Deus - não depois dessa toalha perigosamente amarrada abaixo da linha da decência da cintura.

E, para o final, carimbando o passaporte e fechando as malas, o maior de todos os australianos, avassaladora mistura de sangue norueguês com maori, espetáculo da natureza...

RUSSELL CROWE!!!!!


Oh, Austrália!! Jesus que te tome conta e não te deixe perder-se!!!

22.9.09

OS LINDOS DE OUTRORA



Vou dedar! A culpa deste post é da minha prima Luci.

Na última vez em que a visitei, ela me emprestou alguns DVD’s de filmes antigos – que adoro; a Hollywood antiga é excelente, seja de que forma for – e, após assistir Ben Hur pela bilionésima vez e Crepúsculo dos Deuses pela primeira de futuras milhares de vezes (Billy Wilder espetacular!!), resolvi lembrar dos belos galãs de outrora que faziam (e ainda fazem) senhoras e senhoritas de todas as idades suspirar discreta ou ostensivamente...

Para não ser injusta, listá-los-ei, decrescentes, de acordo com o ano de nascimento.

Humphrey Bogart (1899)

Parece surreal, mas não é; verifiquei diversas vezes. Tio Bogie é realmente um excepcional filho do final do século XIX.

Bogart não é um típico sujeito lindo, mas possui algo em seu olhar firme e em sua (pretensa) atitude rude e indiferente – marcantes em O Falcão Maltês/Relíquia Macabra – que o torna um homem atraente e sedutor, ao seu modo.

Nenhuma mulher com juízo escapa incólume de sua interpretação naquele que considero um dos filmes de minha vida, o inesquecível e indispensável Casablanca.

Laurence Olivier (1907)

O belo amor da vida de Vivian Leigh não podia faltar nesta listagem. Com seu olhar doce e seu porte altivo e elegante, era-lhe impossível passar despercebido nas telas.Se não me engano, esta foto parece ser um capture ou então uma foto promocional do fantástico Rebecca, a Mulher Inesquecível, dirigido por aquele gordinho encrenqueiro que atendia pelo apelido de Tio Hitch.

Gene Kelly (1912)

Fofo!

Que outra designação merece o maravilhoso dançarino protagonista de Cantando na Chuva?

Gene Kelly é um encanto para os olhos, seja sapateando, seja fazendo essa carinha de cão sem dono que nos faz ter vontade de levá-lo para casa...

Burt Lancaster (1913)

Certa vez disseram que este belo homem, fantástico ator de aparência supermáscula, era homossexual.

Meu queixo caiu.

Não porque eu ache que homem bonito não pode ser homossexual, nada disso; mas, é que quando nós o vemos testosteronicamente rolando na areia com Deborah Kerr apertada em seus braços naquela famosa (e, para a época, escandalosa) cena de A Um Passo da Eternidade, fica difícil acreditar. Veja o filme e você me compreenderá...

Mas, opções sexuais à parte, Burt era um ator e tanto, e pronto!

Frank Sinatra (1915)

Hum, preciso mesmo explicar o porquê deste sagitariano maaaaaaravilhoso integrar esta listagem de lindos de outrora? Acho que não. Afinal de contas, todo mundo que me conhece está carequinha de saber que sou simplesmente apaixonada por este sujeito...

Recomendo, além de obviamente toda a discografia, que se o veja atuando em A Um Passo da Eternidade (merecido vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante), Sob o Domínio do Mal (que mereceu uma versão moderna com Denzel Washington) e, claro, Onze Homens e Um Segredo.

Yul Brynner (1915)

Outro que não é necessariamente lindo, todavia é impossível não ser notado.

Como bem poderia dizer a senhorita Katylene Beezmarcky, que olhar é esse, Braseel?

Pelo amor dos meus filhinhos pequenos!!

As irrefreáveis más línguas gostam de dizer que Brynner era ótimo ator enquanto interpretava praticamente a si mesmo, como em O Rei e Eu e em Os Dez Mandamentos. Porém, eu aconselharia a essas más línguas a espiarem sua atuação em Sete Homens e Um Destino e em um outro filme genial, cujo nome infelizmente me escapa, onde ele é o capitão de um submarino em situação de quase-conflito. Quero ver, então, alguém sustentar esse papinho ridículo de interpretar a si mesmo!

Gregory Peck (1916)

Aaahh, meu Deus... Olha essa carinha de cão sem dono, essa perdição esparramada na mesa?? Quem não suspira e diz eu quero?

Além de toda a beleza e elegância, este excelente ator cujo sobrenome evoca deliciosos trocadilhos prova seu talento em grandes filmes como O Sol é Para Todos, Os Canhões de Navarone, Moby Dick e Da Terra Nascem os Homens.

William Holden (1918)

Sinceramente? Eu adoro este homem!

Ele não é lindo, não é um intérprete primoroso, mas, basta William Holden aparecer na tela para meu enorme sorriso imbecil e embasbacado surgir simultaneamente, acompanhado por um incomensurável suspiro.

Foi culpa de Mr. Holden o primoroso Crepúsculo dos Deuses não ter me transtornado como deveria! Quando a realidade da história ameaçava me atingir como uma marreta, este espetáculo de homem aparecia em cena e pronto – lá ia eu me liquefazendo num contínuo e inevitável processo de derretimento... E quando ele enverga casaca completa, com relógio de bolso e camélia na lapela? É maldade demais, coitadinha de mim!...

Recentemente, enquanto pesquisava dados para este post, li na Wiki que ele morreu de tanto beber. Porém, acho que esse pessoal era todo amigo do copo, mesmo, entornões de primeira: Holden, Bogie, Sinatra... Desperdício, viu?

Mas, para quem quiser derreter-se, como eu, assistindo às atuações desse espetáculo da natureza, recomendo Férias de Amor (e o uso concomitante de um super babador), Suplício de Uma Saudade e Sabrina, onde Holden tem o prazer da companhia de Bogie e da sempre linda Audrey Hepburn.

Christopher Lee (1922)

Ele é o Senhor dos Vampiros! Ele é Drácula! O digno sucessor de Bela Lugosi!

Galã máximo da Hammer Films (aeeeeeeeeeeeee!!), além de mordedor de pescoços inocentes ele também já foi bruxo, serial killer e até mesmo Sherlock Holmes.

Convenhamos, e que Holmes!!! Disputo a unha o lugar do Watson!!

Quando despojado dos maneirismos que o consagraram nos filmes de horror (?) da Hammer, Christopher Lee se revela um excelente ator que até hoje nos encanta, se não mais com sua beleza, com seu indiscutível talento.

Ou você se esqueceu de Saruman, o Branco?

O Senhor dos Anéis, seu infiel! Desmemoriado! Relapso!

Charlton Heston (1923)

Eu tenho uma teoria: quem desenvolveu o Panavison o fez pensando exclusivamente em toda a extensa geografia corporal deste indivíduo espetacular. Afinal de contas, você acha que era fácil acomodar este homem enooooorme nas telas dos cinemas?

Não importa como: por exemplo, em Ben-Hur, El Cid e O Planeta dos Macacos, Charlton Heston enche a tela, lota os espaços, se esparrama por todos os cantos. E você ainda se pega lamentando por o primeiro filme não comportar na íntegra um Grande Prêmio de Jerusalém de Fórmula Biga, o segundo não ter a duração de no mínimo dois dias e o terceiro não ter, pelo menos, umas dezesseis continuações com o mesmo figurino jungle casual para o protagonista.

Paul Newman (1925)

Grande ator, grande pessoa, grande beleza. Rosto burilado a cinzel, lindíssimos olhos azuis e uma extraordinária presença em cena, ele interpretou desde homens sem lei até aristocratas, burgueses atormentados e jogadores de sinuca. Morreu recentemente, vitimado por uma porra de um câncer.

Recomendo-o em dois extremos: Hombre e Gata em Teto de Zinco Quente, onde contracena com a belíssima Elizabeth Taylor. Ah, e em Butch Cassidy e Sundance Kid, também!!

Rock Hudson (1925)

Esta bela e também grandona criatura era uma delícia contracenando com Doris Day naquelas comediazinhas docemente ridículas dos anos 50, como Confidências à Meia Noite e Não Me Mandem Flores. Também fez filmes sérios, como Assim Caminha a Humanidade e O Embrião, mas, em minhas lembranças, Rock Hudson sempre surge como o bonitão meio bocó, mas gente boa, por quem você poderia até mesmo vir a se apaixonar perdidamente.

Clint Eastwood (1930)

Acreditem: eu sofro por causa deste homem.

Minhas implacáveis amigas Marcia e Mel o detonam, dizendo que meu estimadíssimo Tio Clint não pode ser considerado bom ator, e nem mesmo ator, porque em todos os filmes ele entra mudo e sai calado.

Mas, em verdade lhes digo: quando são precisas palavras, se em apenas um olhar se espelha todo o roteiro? Clint Eastwood interpreta, no mais das vezes, com aqueles ultra-expressivos verdes olhos que Papai do Céu lhe deu, e convence perfeitamente!

E, como se não bastasse o talento diante das câmeras, Eastwood ainda é produtor (a Malpaso Films é dele, tá legal??), roteirista, diretor, vencedor de Oscar e o que mais precisar ser!!!

Adoro seu personagem nos faroestes de Sérgio Leone, o pastor pistoleiro de O Cavaleiro Solitário, o pistoleiro aposentado de Os Imperdoáveis, o maravilhoso Robert Kincaid de As Pontes de Madison (eu AMO esse filme!), o filho da puta do Dirty Harry... Fora todos os filmes que ele dirigiu, desde os blockbusters Cartas de Iwo Jima & A Conquista da Honra até o pouco conhecido, posto excelente Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal!

Tio Clint é tudo! Tio Clint rules!! Calado ou falando, ele detona!

E, como se não bastasse, de espetáááááculo quando novo ele passou para coroa enxuto (porra, essa expressão é de mil novecentos e guaraná com rolha!!) e, agora, tornou-se um vovô muito fofo! Veja se não é verdade:

Maximillian Schell (1930)

Não é um ator muito conhecido aqui debaixo do Equador, mas isso não lhe desmerece nem o talento nem a beleza, ambos claramente demonstrados em A Cruz de Ferro (excelente filme de guerra onde contracena com Lee Marvin) e em O Julgamento de Nuremberg. Já mais velho, Schell interpretou o czar Pedro, o Grande, em uma série homônima da HBO que a Globo exibiu certa vez há uns 300 anos atrás, e da qual nunca mais tive qualquer notícia, infelizmente...

Sean Connery (1930)

Conhecidíssimo, Sir, notório, talentoso, oscarizado, etc, etc, etc. Todo mundo sabe disso. Então, abordemos outros aspectos de sua pessoa.

Ó Escócia!! Por que não o produziste em série!!!

Novamente repito: que olhar é esse, Braseel???

Mais do que um lindo de outrora, Connery é um lindo de ontem, hoje e sempre!

Jesus que tome conta e não deixe perder! Não é, meninas?

Omar Sharif (1932)

Eis outro espetáculo que, no mais das vezes, é apenas olhos. Os olhos tristes de Jivago, os olhos altivos do sheik (Lawrence da Arábia), os olhos apaixonados do playboy jogador (Funny Girl/Funny Lady)... Olhos negros, grandes, abismos de emoção.

Exagero? De forma alguma. Recorde comigo apenas uma cena de Dr. Jivago: o cretino Victor Komarovsky vem, provavelmente surgido dos infernos, chantagear Lara para forçá-la a ir-se com ele. Quando ambos partem num trenó, Jivago corre ao sótão da casa onde viviam e, através da vidraça embaçada de uma pequena janela, assiste, desesperado, o amor de sua vida afastar-se naquela imensidão gelada, sem que ele nada possa fazer para impedir...

Ah, fala sério!!! Até meu amantíssimo Tenente Comandante Data iria às lágrimas com aquele olhar de Omar Sharif!!! Eu estou emocionada de novo, só de lembrar-me da cena!!

Agora, o detalhe que marca o verdadeiro ator: certa feita, em uma entrevista, perguntado por uma repórter deslumbrada (com razão) sobre esta mesma cena e a carga emocional de sua atuação em Dr. Jivago, Shariff, com um sorriso dúbio, desmistifica tudo: confessou-se entediado com o personagem, aborrecido com o frio miserável que assolava as filmagens e explicou o motivo pelo qual ele aceitou o papel – que norteou ainda a escolha de seus demais filmes: a premência com dívidas que ele, jogador inveterado, vinha acumulando ao longo da vida e que precisavam ser pagas ermergencial e indiscutivelmente!

Pense bem: aquele olhar provindo de um homem entediado. Imagine, então, se ele estivesse apaixonado pelo papel? Era um caminhão de Oscar!!

Robert Redford (1936)

Caçula desta listagem, este belo homem loiro de feições marcantes e atitudes elegantes e discretas é um grande ator, diretor de indiscutível talento e sensibilidade, além de ativista em causas sociais e humanitárias.

Ele bem poderia ser, também, o irmão de Paul Newmann e o pai de Brad Pitt... ^^

Dono de um talento multifacetado, pode surgir fofo e atrapalhado em Descalços no Parque, fora da lei em Butch Cassidy & Sundance Kid, golpista gente boa em Golpe de Mestre, crítico e desafiador em Todos os Homens do Presidente, aventureiro em Entre Dois Amores, misterioso e sedutor em O Encantador de Cavalos...

Faça a sua escolha... ou fique com todos!