Quem explica? Quem define? De onde vem? Como surge? Por que acontece?
Mesmo criança, a paixão pelo futebol já me contagiava. Não sei dizer como, nem porque – não tenho irmãos e meu pai, posto botafoguense, não era um torcedor apaixonado.
Entretanto, ver uma bola e mais 21 indivíduos correndo em seu encalço sempre esteve em minha lista de divertimentos. E a diversão e a emoção eram ainda maiores caso uma das agremiações envergasse o maravilhoso manto Rubro Negro.
Outro mistério: de onde provém esta paixão, este amor insondável, este imenso sentimento misto de fascinação e orgulho que faz meu coração falhar uma batida a cada vez que ouço o hino do Clube de Regatas do Flamengo? Que me fez quase rebentar de emoção dentro do Maracanã ao conscientizar-me que estava, de fato, em meio à Nação?
Dizem que o amor por um time, a torcida, vem do exemplo. Mas, em meu caso, por que o Mengão? Papai, botafoguense; mamãe, sem time, ao que me recorde... Será a Nação assim tão influente, dotada de um poder tão irresistível a ponto de, sozinha, arrebatar inapelavelmente os seus membros?
Não sei; apenas sou, e sempre serei Flamengo. Agora e sempre. Hopelessly addicted.
Isso me leva de volta à questão inicial: por que a paixão pelo futebol? É apenas um mero esporte com bola, em um campo gramado... Uma atividade física... Uma diversão... Uma disputa. Um exercício de estratégia. Uma arte. Uma loucura.
Não há como explicar o que vai pelo peito quando o atacante dispara, bola dominada, e, numa jogada de arte ou sorte, marca o esperado ou temido gol. Quando o goleiro, herói ou vilão, sempre solitário, defende ou deixa passar a bola. Quando um time chora, seja por uma vitória, seja por uma derrota.
E, quando você dá por si, está gritando, torcendo, chorando, pulando, sem ter idéia de quando isso começou, ou porquê. Você simplesmente se deixa levar.
O Futebol é Dionísio, que clama por suas bacantes e é prontamente atendido: entra-se em frenesi, ergue-se o tirso, dança-se, canta-se, entrega-se. Sem medos. Sem culpas. Sem desculpas.
Mesmo criança, a paixão pelo futebol já me contagiava. Não sei dizer como, nem porque – não tenho irmãos e meu pai, posto botafoguense, não era um torcedor apaixonado.
Entretanto, ver uma bola e mais 21 indivíduos correndo em seu encalço sempre esteve em minha lista de divertimentos. E a diversão e a emoção eram ainda maiores caso uma das agremiações envergasse o maravilhoso manto Rubro Negro.
Outro mistério: de onde provém esta paixão, este amor insondável, este imenso sentimento misto de fascinação e orgulho que faz meu coração falhar uma batida a cada vez que ouço o hino do Clube de Regatas do Flamengo? Que me fez quase rebentar de emoção dentro do Maracanã ao conscientizar-me que estava, de fato, em meio à Nação?
Dizem que o amor por um time, a torcida, vem do exemplo. Mas, em meu caso, por que o Mengão? Papai, botafoguense; mamãe, sem time, ao que me recorde... Será a Nação assim tão influente, dotada de um poder tão irresistível a ponto de, sozinha, arrebatar inapelavelmente os seus membros?
Não sei; apenas sou, e sempre serei Flamengo. Agora e sempre. Hopelessly addicted.
Isso me leva de volta à questão inicial: por que a paixão pelo futebol? É apenas um mero esporte com bola, em um campo gramado... Uma atividade física... Uma diversão... Uma disputa. Um exercício de estratégia. Uma arte. Uma loucura.
Não há como explicar o que vai pelo peito quando o atacante dispara, bola dominada, e, numa jogada de arte ou sorte, marca o esperado ou temido gol. Quando o goleiro, herói ou vilão, sempre solitário, defende ou deixa passar a bola. Quando um time chora, seja por uma vitória, seja por uma derrota.
E, quando você dá por si, está gritando, torcendo, chorando, pulando, sem ter idéia de quando isso começou, ou porquê. Você simplesmente se deixa levar.
O Futebol é Dionísio, que clama por suas bacantes e é prontamente atendido: entra-se em frenesi, ergue-se o tirso, dança-se, canta-se, entrega-se. Sem medos. Sem culpas. Sem desculpas.
Não há escapatória: sinônimo de futebol é sempre emoção e, como tal, é irresistível – e inexplicável.
